ATM: causas, sintomas e tratamento da disfunção temporomandibular
- Dr. Cláudio Alferes

- 31 de ago.
- 6 min de leitura
A articulação temporomandibular (ATM) é uma das mais complexas do corpo humano, ligando a mandíbula ao crânio e permitindo funções essenciais como falar, mastigar e bocejar. Quando esta articulação não funciona corretamente, pode surgir a chamada disfunção da ATM, um problema que afeta milhares de pessoas e que pode comprometer seriamente a qualidade de vida.
O Dr. Cláudio Alferes, médico dentista com especialização em ortodontia e oclusão, dedica a sua prática clínica ao diagnóstico e tratamento destes problemas, com uma abordagem individualizada e baseada na identificação da causa raiz de cada caso.
O que é a disfunção da ATM?
A disfunção da articulação temporomandibular ocorre quando os movimentos da mandíbula deixam de ser harmoniosos, provocando dor, estalos, limitações de abertura ou outros sintomas associados. Trata-se de uma condição multifatorial: em alguns pacientes está relacionada com hábitos como o bruxismo, noutros resulta de alterações da mordida (oclusão) ou até de fatores posturais.
Apesar de ser uma condição comum, é muitas vezes subdiagnosticada, já que os sintomas podem ser confundidos com problemas de origem neurológica, otorrinolaringológica ou até muscular.
Principais causas da disfunção ATM
A disfunção da articulação temporomandibular é multifatorial: resulta da interação entre articulação, músculos mastigatórios, disco articular e oclusão (encaixe dentário). Em muitos casos existe uma causa primária (ex.: bruxismo ou má oclusão) e fatores agravantes (ex.: stress, postura, hábitos parafuncionais). Por isso, antes de qualquer tratamento, o Dr. Cláudio realiza um processo exploratório detalhado, anamnese, exame clínico funcional e CBCT, para identificar a causa raiz e compreender o que mantém ou agrava os sintomas em cada paciente.
Além disso, é frequente que duas ou mais causas coexistam (por exemplo, bruxismo + má oclusão + tensão cervical), o que justifica uma abordagem personalizada que una estratégias de alívio da dor com correção dos fatores mecânicos envolvidos.
Entre as causas mais comuns estão:
Bruxismo (noturno e/ou diurno): Ranger ou apertar os dentes, muitas vezes ligado ao stress. Aumenta a carga sobre o côndilo e o disco articular, gerando dor muscular (masséter/temporal), estalos, desgaste dentário e cefaleias matinais.
Má oclusão dentária: Quando os dentes não encaixam corretamente (ex.: sobremordida profunda, mordida cruzada, desvios), a articulação e os músculos compensam, levando a sobrecarga articular e assimetria funcional. Aqui a experiência em ortodontia e oclusão do Dr. Cláudio é determinante.
Stress e tensão muscular: O stress potencia parafunções (apertamento), hipertonia dos músculos mastigatórios e do pescoço e aumenta a perceção dolorosa. Sem gestão do stress, os sintomas tendem a persistir.
Traumatismos ou microtraumas repetidos: Impactos na face/mandíbula ou episódios como “boca muito aberta por longos períodos” (ex.: tratamentos dentários extensos) podem inflamar tecidos, alterar a posição do disco e desencadear dor e limitação da abertura.
Alterações posturais (cervicais/escapulares): A postura de cabeça projetada à frente (uso prolongado de computador/telemóvel) altera a dinâmica muscular e muda o vetor de forças sobre a ATM, contribuindo para dor e fadiga articular.
Doenças degenerativas (artrite/artrose): Processos inflamatórios e degenerativos podem afetar diretamente a articulação, causando dor, rigidez e limitação funcional. O CBCT ajuda a documentar alterações ósseas e orientar o plano terapêutico.
Hábitos parafuncionais: Roer unhas, morder tampas/canetas, mascar pastilha em excesso ou apoiar o queixo na mão geram microcargas repetidas na ATM e nos músculos mastigatórios.
Laxidão ligamentar / hipermobilidade: Em alguns pacientes, a frouxidão dos ligamentos facilita subluxações/luxações e instabilidade articular, com episódios de estalo, bloqueio ou “falha” ao abrir a boca.
Fatores hormonais e individuais: Em certos casos, alterações hormonais e características anatómicas individuais parecem associar-se a maior susceptibilidade a sintomas de ATM, sobretudo em mulheres.
Porque é tão importante identificar a causa?
Porque o tratamento muda completamente consoante o que está na origem do problema. Daí que o Dr. Cláudio realize sempre uma análise exploratória minuciosa (avaliação clínica + CBCT + estudo individualizado da oclusão) antes de propor um plano. Só assim é possível intervir na causa raiz, reduzir a dor no menor tempo possível e recuperar a função de forma sustentada.
Sintomas da disfunção ATM
A disfunção da articulação temporomandibular pode apresentar-se de forma muito variada, já que envolve músculos, articulação, nervos e até estruturas próximas como os ouvidos. É precisamente por isso que muitas vezes os sintomas são confundidos com outras condições médicas: desde problemas neurológicos até distúrbios otorrinolaringológicos.
Um dos aspetos mais importantes é perceber que os sintomas nem sempre surgem todos em simultâneo. Em alguns casos manifestam-se apenas como uma dor ligeira e localizada; noutros, como um conjunto de sinais que se vão agravando ao longo do tempo. Reconhecer estes sinais precocemente é essencial para procurar ajuda especializada e evitar que a condição evolua para quadros mais incapacitantes.
Dor na mandíbula, rosto ou pescoço: pode ser constante ou surgir apenas ao falar ou mastigar.
Estalos ou crepitações ao abrir e fechar a boca: muitas vezes acompanhados de desconforto.
Dificuldade em abrir totalmente a boca: sensação de bloqueio ou limitação funcional.
Dores de cabeça frequentes: especialmente na região das têmporas ou occipital.
Zumbidos ou pressão nos ouvidos: sintomas auditivos associados ao funcionamento da articulação.
Tonturas ou desequilíbrio: pela proximidade da ATM com o ouvido interno.
Dor ao mastigar ou falar: devido à sobrecarga muscular e articular.
Rigidez na articulação: sensação de tensão que limita movimentos simples.
Dores na cervical: relacionadas com compensações posturais e musculares.
Identifica algum destes sinais? Pode estar perante uma disfunção ATM.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico correto é determinante para o sucesso do tratamento.
No consultório do Dr. Cláudio Alferes, o processo começa com uma consulta de avaliação clínica detalhada, onde são recolhidos todos os sinais e sintomas do paciente. Para garantir máxima precisão, o Dr. Cláudio recorre sempre ao exame de imagem CBCT (tomografia computadorizada de feixe cónico), que fornece uma visão tridimensional completa da articulação. Com base nestes dados, é possível avançar para o estudo personalizado de cada caso.
O processo do Dr. Cláudio: porque cada caso é um caso
A abordagem do Dr. Cláudio assenta em três fases:
Diagnóstico especializado
Avaliação clínica e realização de CBCT, que permite recolher todos os dados necessários para compreender a origem do problema.
Estudo individualizado da oclusão
Com base no diagnóstico, é elaborado um estudo detalhado, em que o paciente é envolvido no processo, recebendo explicações claras sobre as causas da disfunção.
Tratamento adaptado ao paciente
Cada plano é único. O foco está em tratar a causa raiz do problema, reduzindo a dor no menor tempo possível e devolvendo ao paciente uma vida confortável e sem limitações.
Tratamento da disfunção ATM
O tratamento da disfunção da articulação temporomandibular (ATM) nunca é igual para todos os pacientes. Cada caso tem a sua origem e características próprias, pelo que o sucesso depende de um diagnóstico rigoroso e de um plano terapêutico personalizado. O Dr. Cláudio Alferes privilegia sempre uma abordagem que atua sobre a causa raiz do problema, evitando soluções temporárias que apenas mascaram os sintomas.
Dependendo da avaliação clínica e dos resultados dos exames (como o CBCT), o tratamento pode incluir diferentes abordagens:
Goteiras de desprogramação articular: Utilizadas para reduzir a pressão exercida sobre a articulação e proteger dentes e estruturas envolventes. Contribuem para o relaxamento muscular e para o alívio da dor.
Ortodontia corretiva: Indicada quando existe má oclusão dentária. Ao alinhar corretamente os dentes e melhorar o encaixe entre as arcadas, é possível redistribuir as forças mastigatórias e eliminar a sobrecarga na ATM.
Fisioterapia especializada: Inclui técnicas específicas para reforço muscular, mobilização articular e correção postural. Atua não só na articulação, mas também em cadeias musculares como cervical e dorsal, que frequentemente influenciam o problema.
Medidas de gestão do stress: Essenciais nos casos em que o bruxismo (ranger ou apertar os dentes) é um fator determinante. A redução da tensão psicológica e muscular é fundamental para controlar crises e melhorar os resultados do tratamento.
Acompanhamento clínico contínuo: A evolução da disfunção ATM é monitorizada regularmente, de modo a ajustar o plano sempre que necessário. Esta vigilância garante maior eficácia e prevenção de recaídas.
O grande objetivo do tratamento é sempre o mesmo: eliminar a dor, restaurar a função da articulação e devolver qualidade de vida ao paciente no menor tempo possível.
Quando deve procurar ajuda especializada?
Se sente dor na mandíbula, dores de cabeça frequentes, estalos ao abrir a boca ou qualquer outro sintoma descrito, pode estar perante uma disfunção da ATM. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações e recuperar a qualidade de vida.
O Dr. Cláudio Alferes é especialista em ortodontia e oclusão, com experiência no diagnóstico e tratamento da disfunção ATM. Marque já a sua consulta de diagnóstico.



